Fray Alexandre

Minha história vocacional

Chamo-me Alexandre Domingos Howana, nasci no dia 31 de maio de 1985, em Moçambique, Matola.

Minha família sempre foi cristã católica e desde os 12 anos de idade ingressei no grupo de acólitos da paróquia Nossa Senhora do livramento T-3.

Nessa altura muitos, ou quase todos os acólitos faziam parte do grupo dos vocacionados. Então passei a fazer parte deste grupo pois todos os amigos pertenciam ao mesmo grupo. Daí comecei a ter mais proximidade aos padres, que na altura eram padres diocesanos.

O pátio da Igreja era o lugar mais seguro para brincar e onde a família permitia que fossemos se não quiséssemos brincar no quintal de casa. Contava minha mãe que quando era muito mais novo, 6 anos, chorei muito porque queria pegar a túnica do pároco e uma vez pegada não queria a soltar.

Então a amizade com os padres foi crescendo e eles nos falavam o quão era bom ser padre.

No ano 2000 chegam a nossa paróquia os primeiros padres mercedários na nossa paróquia. Eu fazia parte do grupo de adolescentes, acólitos e vocacionados da paróquia. Então era muito mais fácil me relacionar e estar perto dos padres. Falavam-nos de Pedro Nolasco e nos davam textos que narravam as histórias das narrações da vida e obra de Pedro Nolasco e os Caminhos de Libertação que os primeiros mercedários trilharam. Foi me encantado este estilo de vida e porque trabalhavam e cadeias e com advogados, julguei que eles fossem também advogados. Tinha sonho de ser um advogado. Então dizia para mim mesmo, ser padre e advogado seria minha realização cá na terra.

No ano 2005 entro no Seminário São Pedro Nolasco da Matola como aspirante. Foi o começo de uma purificação da minha intensão e perceber com mais clareza o chamamento de Deus e percebendo o carisma e a espiritualidade da Ordem fui fazendo o caminho de vida e de transformação.

Em 2011 comecei a etapa de Noviciado, plena e intensa. Foi o momento muito marcante de enriquecimento espiritual e vida mercedária.

De 2012, fiz a minha Primeira Profissão religiosa e nesse mesmo ano ate 2016 estudei teologia, a Profissão Solene aconteceu em 2017 e a ordenação sacerdotal em 2018.

Do simples desejo de ser acólito, participar no grupo de vocacionados seguindo o grupo de amigos, querer reconciliar a profissão de sonho de adolescente e a Ordem, foram os primeiros passos da minha caminhada querida e amada por mim hoje.

Agora me encontro em Maputo, Matola na casa de Formação acompanhando jovens que desejam ser mercedários.

Nisto tudo só tenho a agradecer a Deus por ter usado várias pessoas para me mostrarem o caminho que trilhei até então de serviço a ele, a Igreja e a todos irmãos e irmãs que presos nas diversas formas de catividade se distanciam de Deus chegando a perder, até, a sua dignidade.

Agora estou como formador de aspirantes, postulantes e estudantes; acompanho também as actividades de uma comunidade e dirijo um Centro de acompanhamento as pessoas com albinismo.